Por Iran
A presença da mulher romana na sociedade era muito mais importante que as considerações de Catão fazem prever.
Embora os recenseamentos omitissem as mulheres e em Roma só eram contabilizadas se fossem herdeiras. Contudo no séc. III d.C, Diocleciano, por razões fiscais, ordenou o seu numerando. Havendo poucas informações concretas, restam as imagens e os discursos. Arredadas da vida pública, resta-nos indagar os vestígios no domínio do privado. Tendo na família romana típica uma tirania em pequena escala. 0 paterfamilias (pai da família) com o poder de vida e de morte sobre os seus próprios filhos. A idéia que podemos formar é que a mulher romana ficava em casa, a fiar e a tecer, e a servir o seu marido. No entanto,indícios mostram também uma realidade diferente.
Na sociedade romana as mulheres ocupavam uma posição de maior dignidade que na Grécia. Quando casada, era uma verdadeira dona da casa, a mulher romana não permanecia reclusa nos aposentos das mulheres. Ela tomava conta dos escravos e fazia as refeições com o marido, podia sair (usando a stola matronalis), e era tratada com profundo respeito, tendo acesso ao teatro e aos tribunais. Estando o marido frequentemente fora, na guerra, a mulher romana das classes mais altas era uma rainha no seu reino doméstico – e gozava de muito mais autonomia do que as mulheres da Grécia Clássica. A democracia ateniense nunca incluiu as mulheres,a vida da feminina ateniense era baseada em normas opressivas confinavam as mulheres e filhas, mesmo das classes mais altas, às suas casas. As mulheres romanas, se bem que politicamente sem poder, tinham urna considerável liberdade pessoal e política; podiam ir aos banhos com as amigas, ou ao teatro e aos jogos. A matrona romana estava presente na vida pública, dirigia a família com competência e gozava de respeito e consideração até nas conversas de tema cultural.